segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Nota do Autor | Imaginemos... (ou suponhamos, como quiserem!!!)

Bom, este era o meu medo mas em vez
de um seria uma equipa de futebol :) Se um dia virem uma cambada de miúdos e um "belho" a tocar guitarra na rua, talvez seja eu...


Entretanto "let's try to save a life!"

PS | "Se falares com Deus, estás a rezar! Se Ele te responder estás... a ficar DOIDO!!!" :)

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

O dominó de gestos

(permitam a música enquanto lêem | só uma nota ele canta em inglês e não está a dizer 'Neva' :p)





Cá estou eu! Cheguei à terra onde se consegue ver os dominós de gestos movidos ao sopro dos moinhos de vento das chamas de cada um de nós. Esta terra bonita fez-me pensar e muito! Consegui ver para além do que normalmente se vê... o agora. Consegui ver que qualquer gesto que tenhamos agora, qualquer que seja a sua magnitude, qualquer que seja o seu impacto, mudará para sempre o curso das coisas deste mundo deslumbrante. Se fizermos alguém feliz, ela concerteza terá novos fôlegos para soprar ao mundo que farão outras pessoas felizes e que por sua vez vão fazer outras coisas só porque alguém um dia fez outra pessoa qualquer feliz. O mesmo se aplica se se fizer alguém triste. Ou então se não se fizer mesmo nada. E já acontecia muito antes de sermos nós a passar por cá. E se as coisas não tivessem acontecido como aconteceram, hoje não seríamos nós, seriam outros, de outra forma qualquer, noutro sítio qualquer, com outros pensamentos, com outros deslumbros (sim, porque esses existem sempre e em todo o lado). Imagina que eu deito abaixo um destes dominós. A partir desse momento nunca mais vai parar, cheio de bifurcações, cruzamentos, de linhas rectas que se levarão mesmo outros dominós a começar a cair num ritmo que nunca mais vai acabar, para SEMPRE! Cada um de nós tem, em cada segundo que passa, a oportunidade de mudar para sempre o rumo da história do mundo, do nosso mundo ou mesmo dos outros. Temos uma chama que vai movendo os moinhos de vento que sopram para os dominós de gestos do dia a dia que vão moldar e contar a história que fará a diferença. Por mais pequena que seja a chama ou o sopro dos moinhos de vento fará a diferença. Alguns têm mesmo a sorte de que os seus moinhos continuem a soprar e a derrubar dominós num ciclo sem fim, mesmo depois do ladrão de sonhos ter passado por eles. Têm a sorte de ter conseguido mudar a vida de muitos com ideias, gestos, deslumbros que ficarão marcados para sempre na vida da terra... e que esta vá ficando um pouco melhor do que a encontraram. Que sorte cruzar-se com um desses dominós que contam deslumbros tão grandes! Pode ser que um dia os meus moinhos soprem tão forte tão forte que desencadeie vários dominós ao mesmo tempo e as pessoas sintam o bom que é ficar deslumbrado e que um segundo faz a diferença...

Este deslumbro é em jeito de homenagem a dois senhores que mudaram mais vincadamente (já que todos nós construímos a história do mundo) o curso da história recente do 'meu' mundo. O primeiro, Baden Powell, fundador do escutismo que nasceu há 150 anos atrás (22.Fevereiro.1857). Ele teve a feliz ideia de 'derrubar' o dominó que deu origem aos escuteiros e que muito provavelmente me fez como sou hoje, ou mesmo deu origem a este Gudo, barrigudo, narigudo e cheio de deslumbros para contar. O segundo, Zeca Afonso (cujos 20 anos da sua morte se celebram hoje, 23.Fevereiro.2007), que tendo nascido na minha terra natal, a bela Aveiro, Veneza Portuguesa veio marcar e dar mote a uma revolução que quis mudar o curso do destino do meu País, Portugal. Esse país que tanto tem para dar mas onde muitos dos moinhos parecem querer soprar para o lado errado... para o lado onde não há dominós e quase só há aquilo que os olhos conseguem ver, o agora, e não o futuro. Zeca Afonso, cantor e poeta que se quis deslumbrar com um Portugal melhor. Bem haja e um profundo obrigado a estes dois senhores pelos seus dominós e deslumbros que se cruzaram à minha frente...a como eu muitos mais!

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Nota do Autor | As cidades



Só uma pequena partilha!
Tenho por hábito sair pelo fresco da manhã com a música nos ouvidos e hoje de manhã calhou esta que aqui aparece. Queria deixar aqui uma pergunta. Quantos de nós nos deixam ir todos os dias ao sabor do mesmo de sempre sem fazer juízos de valor ou mesmo pensar que o dia e as cidades somos nós que os fazemos e mais ninguém? Se alguém dentro de si sentir que sim, que nada faz para que o dia seja diferente, que tudo corre sempre igual a sempre, que se limita a seguir a rotina, por favor pare um pouco ouça a música, feche os olhos por momentos e depois os abra e ao som da música tente apreciar o mundo como se tivesse acabado de vir ao mundo cheio de vontade de ver e conhecer.

Isto talvez seja a vontade de respirar o ar das ruas com calma e tempo a falar mais alto (ou mesmo apreciar a luz do dia na rua). Mas não deixa de ser verdade! Por isso, só posso dizer que quem puder que aproveite o mundo... e bem!

sábado, fevereiro 17, 2007

O Professor Risonho e as suas invenções

Foi nas minhas voltas e viagens que conheci o Professor Risonho! E que risonho que ele era. Sempre que se fazia uma pergunta ele arreganhava os dentes e mostrava o seu sorriso como se a resposta fosse a mais simples do mundo. Se calhar a resposta a todas as perguntas que normalmente fazemos é mesmo bastante simples e nós é que temos o hábito de complicar tudo.
Ele estava sempre disponível para ouvir as perguntas, por mais esquisitas que fossem. Ao ouvi-las, respondia a falar muito rápido, mas, parava muitas vezes e fazia sons um pouco estranhos... como se estivesse a tentar embalar o pensamento para conseguir explicar as coisas com mais clareza. Tanto quanto percebi, ele está sempre a fervilhar invenções e desta vez estava completamente em pulgas com a sua nova invenção, o Tás-aqui-tás-ali. E claro, quis logo explicar-me o que era o Tás-aqui-tás-ali. Eu estava na altura muito surpreso a olhar para aquilo que me parecia um mapa mundo. Ele ao aperceber-se, começou: 'Estás muito enganado! Este objecto não é um mapa mundo simples. Ele é só um exemplo em ponto grande do Tás-aqui-tás-ali. O real cabe na nossa mão. Ele permite que as pessoas em segundos consigam viajar de um lado para o outro, à distância de um dedo. Quando recebo as encomendas dos Tás-aqui-tás-ali, as pessoas dizem-me os destinos que pretendem. Logo logo, faço dois mapas definidos pelo mesmo canal de sintonia. Assim, imagina se duas pessoas estiverem longe mas possuirem os Tás-aqui-tás-ali ligados pelo mesmo canal da sintonia, em segundos podem encontrar-se bastando para isso um dedo. Eles pegam no mapa fecham os olhos e percorrem o caminho até se encontrarem. Ora estão aqui, ora estão ali. É tão rápido que até faz os balões encherem mais rápido e leva-nos a voar!! Modéstia à parte, esta deve ser, a seguir ao sorriso, uma das melhores invenções de sempre! Já viste o que é conseguir acabar com aquele bichinho que às vezes vai roendo as pessoas por dentro, chamado saudade? Espero que venha a ajudar muita gente!!!'
Fiquei mesmo deslumbrado com tanto amor à invenção que à primeira vista parecia não passar de um simples mapa. Com o Professor Risonho tudo parecia mais simples e, mesmo aquelas dificuldades que encontramos todos os dias pareciam também não existir, como se tivesse sempre resposta e solução para tudo. Foi mesmo bom conhecer o Professor Risonho e esta sua invenção. Tenho que passar cá mais vezes para ir ficando a par das suas invenções. Pode ser que uma ou outra até me possa ser útil... quem sabe?! Como ele era uma pessoa que parecia que tinha fernicoques no corpo e não parava quieto disse que tinha que ir trabalhar na sua próxima invenção. Mas antes de se despedir sussurrou-me: 'Tudo na vida precisa de ser cuidado e regado como um jardim. Ah e também não fica mal de vez quando semear novas ideias, não fossem elas que fazem mover o mundo! Sorrisos precisam de ser regados para que não virem tristezas, pensamentos precisam de ser cuidados para que não virem abismos e ideias precisam de ser luminosas para que vejas o caminho à tua frente!' Não é preciso dizer que o Professor Risonho disse isto com um enorme sorriso na cara que acabou por me contagiar e ao mesmo tempo também me deixou a pensar em tudo o que contou... haja sorrisos, haja invenções, haja deslumbros!

To Chris and Ana, because distance can be short when other things are greater. Just play your songs in the same frequency, it's easier :)

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

A Lenda do Velho que virava as páginas dos livros


Esta é uma lenda que conheci quando passei por uma árvore especial. Junto a essa árvore estava uma estante cheia de livros de várias cores, tamanhos e grossuras. Tinha livros para todos os gostos! Comédias, dramas, romances, tragédias gregas... tudo o que se procurasse encontrava-se ali. Junto a uma árvore. E que bela árvore! É como se estivesse a proteger todas aquelas histórias e ao mesmo tempo ela própria guardasse em si uma história por contar. Fiquei tão curioso com aquilo que decidi descobrir o porquê. Olhei à volta e não vi nada. Fiquei a pensar que não ía satisfazer a minha curiosidade e que teria que eu próprio que dar sentido à estante debaixo da árvore. Nisto, ao longe vejo um pastor com o seu cajado a dirigir-se para junto da árvore. Aguardei calmamente que ele se aproximasse e comecei por cumprimentá-lo com um bom dia bastante sorridente, que ele me deu de volta ainda com mais brilho! Como não me consigo conter nas curiosidades fui logo ao assunto que tanto me intrigava.
"Desculpe importuná-lo com perguntas, mas... eu estava aqui a passar e vi esta bela estante com tantos livros que fiquei curioso. Sabe a razão de ser de ela estar aqui junto a esta árvore?" O Pastor sorriu como se não fosse a primeira vez que ouvisse esta pergunta. Ele, prontamente me respondeu: "Esta estante é em memória a um velho que passava aqui os dias debaixo desta árvore. Esse velho só fazia uma coisa desde que amanhecia até que o sol adormecia... virava as páginas dos livros. De todos os livros possíveis e imaginários. De tanto virar páginas dos livros já tinha os dedos amarelecidos do papel. Eu próprio vim várias vezes conversar com ele enquanto ele virava as suas páginas. As páginas que preenchiam os seus dias, a sua vida! Como eu era novo, não percebia muito bem o porquê de tal tarefa, ofício, entretenimento... o que lhe quisessem chamar e todas as vezes que vinha ter com ele perguntava-lhe o mesmo:Porque é que viras tantas páginas? A resposta que ele dava era no mínimo bonita. Ele dizia assim
Eu viro a página, porque já a olhei, deslumbrei e repensei. Às vezes, temos páginas que por mais vezes que a possamos ler ficamos ali encalhados sem a perceber e insistimos, insistimos a tentar respirar o seu sentido. Mas nem isso ajuda. Outras páginas são tão boas para nós que não temos muita vontade de as virar, mas só ficar ali a contemplá-la. Mas se em qualquer destes casos eu não virar a página de que me vale se no fim o que eu tenho é um ponto final? Do outro lado tenho a surpresa, tenho o desafio, tenho a novidade, a curiosidade... e esses é que me vão dando genica para querer continuar a virar páginas porque queremos sempre saber mais, conhecer mais e ver mais para além do ponto final. Se bem que umas reticências às vezes também aguçam a imaginação e põe-nos a magicar para saber o que nos espera num simples virar de página. Essa página que vem a seguir até pode ser em branco, e que sorte porque é nessa onde temos a liberdade de pintar aquilo que pode tornar cada virar de página mais emocionante e a nós próprios como pintores de linhas e curvas que só serão da forma que forem depois de termos lido muito bem o que está para trás! Aí, sorrimos e dizemos, as folhas das árvores caem e renascem todos os anos rejuvenescendo e dando frescura à própria àrvore, as folhas de um livro não caem mas viram-se para que dessa arajem se ganhe um novo fôlego que nos leve a devorar cada página com a mesma ou mais frescura que as anteriores."
Dito isto, pegou no seu cajado e seguiu caminho com um sorriso sincero cravado no rosto. Eu fiquei imóvel com estas palavras sem saber o que pensar ou o que lhe dizer em troca, mas senti que virar páginas dos livros, são um deslumbro... cheio de emoções que nos podem tornar donos de um livro escrito por nós! O nosso livro dos deslumbros. E... venham eles!!!

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Nota do Autor | Pedido Nacional

Numa altura que aí em Portugal está tudo em alvoroço devido a um referendo que, ao que dá a entender a 2500Km, muito pouca gente entende o que se está a referendar eu vinha fazer um pedido comunitário. Esta alma singela está a tentar descobrir a cura para o cancro numa semana (I wish!!!!). Há algum tempo já tinha pedido para porem as máquinas da roupa a torcer por mim. E funcionou bem até à semana passada, mas esta semana nem por isso! Das duas uma, ou acharam que estavam a gastar água a mais ou as máquinas deram o pifo. Suponho que tenha sido esta última, ao que eu peço imensas desculpas. De qualquer das formas, venho reforçar o meu pedido. POR FAVOR :) ponham as máquinas da roupa a torcer! Se tiverem ratinhos dentro de gaiolas ponham-nos a correr naquelas rodas (acho que também ajuda). Só vos peço é que não torçam nem pés, nem braços, nem pescoços, porque depois ainda me começam a chegar pedidos de indemnização por danos pessoais (a vantagem disto tudo é poder pertencer à brigada do Reumático que diz que dá desconto no cinema!!!).

Um grande Obrigado pela atenção e pelos torcimentos. E viva as pessoas que torcem com os pompons :))

Desculpem mas estes devaneios começam a ser mais frequentes devido a poucas horas de sono. Não se preocupem que o Gudo nada tem a ver com eles. Brevemente ele estará aí para restabelecer a sanidade do blog :) já agora aproveito para perguntar 'where does the good go?'


terça-feira, fevereiro 06, 2007

Nota do Autor | Partilha de um pensamento profundo

Um dia estava eu muito descansado a ouvir a minha música nos auscultadores quando me deparo com uma situação no mínimo engraçada. E gostava de a partilhar convosco!!! Não vou revelar o que é, mas apenas vos digo para ouvirem a música 'Porto Côvo' do Rui Veloso do CD acústico que ele lançou há uns 2 anos se não me engano. Ouçam com auscultadores bem alto porque senão não se apercebem. E já no fim, na altura das palmas (a uns 6 segundos do fim da faixa) ouçam bem o som que aparece por trás! Por certo irá alegrar o vosso dia. E não se preocupem que não é nenhuma mensagem satânica.

Enjoy the moment and smile :)

Tirando este belo momento, o Rui Veloso é muito bom músico e fez muito pela nossa, E BELA, música portuguesa! Bem haja, ao Rui!

(isto não são mais do que devaneios de alguém que tá a ficar meio xoné, Eu! Quer dizer já era :p)

sábado, fevereiro 03, 2007

Quando o dia amanhece nas chamas pode-se salvar uma vida


(hoje deixem-se ler apenas ao som desta música que aparece acima)

Acordei bem cedo e decidido a ir pelo mundo olhar e observar as gentes! As mesmas gentes que respiram o mesmo ar, pisam o mesmo chão, sentem o mesmo frio, olham para os mesmos sítios que eu próprio. Eu, que estou habituado a deslumbrar-me com todos aqueles pormenores que às vezes não se vêem com os olhos mas com o balão. Um balão que não se guia com os olhos mas com o ar e os sopros que o vão enchendo. Foi assim que acordei! Parecia que tinha mesmo ganho uns olhos novos. Sai porta fora e realmente vi as pessoas de outra forma. Consegui sentir que cada pessoa com quem me cruzava tinha os seus pensamentos, os seus deslumbros, as suas complicações para resolver, os seus vazios, as suas alegrias, os seus momentos de "regar a horta", os seus sorrisos... Não eram pessoas do outro lado mundo mas aquelas que comigo se cruzavam! Estavam mesmo aqui ao lado. E podia-se ver a sua chama! Acho que ainda não vos tinha falado dela mas por vezes, e em dias muito especiais, consegue-se ver a chama que cada um transporta dentro de si. As cores ora frias, ora quentes, a forma mais larga ou mais estreita, a força ou doçura que elas libertam. Às vezes, só por uma chama mais quente passar junto a uma mais fria, esta fica com mais vida e cor. É mesmo deslumbrante como tudo se torna claro quando as chamas se tornam visíveis, o mundo parece nosso e não de outro qualquer. E deveria ser assim todos os dias!! Dever pensar que como donos do mundo devemos cuidar dele e das suas chamas dando-lhes lenha para que não se apaguem. Porque no fundo são elas que aquecem a nossa própria chama e sem elas o mundo deixa de ter sentido pois não terá quem se deslumbre com tamanha beleza. E que tal se pegarmos na nossa chama e dermos um pouco de lenha a alguém que mais precise? Mesmo que não se conheça, às vezes basta soprar um pouco de ar! Sim, porque há chamas que estão mais fraquitas só porque estão abafadas sem conseguir respirar.. é que isto só pode ser bom, só nos vai aquecer mais e da chama vai sair cada cor... aahh que deslumbro!!!


Um enooormee obrigado às brisas que vão dando ao Gudo! Por cá, pouco tempo tem sobrado para dar vida às ideias e às aventuras que vão nascendo. Como diria alguém, um passo de cada vez e logo logo terei mais tempo para dar atenção ao Gudo!
Permitam-me mais um devaneio | Ofereço recompensa a quem descobrir quem inventou o sono :)
(é que se não podiam-se fazer tantas mais coisas e neste momento dava mesmo mesmo jeito!!! )
Obrigado por quem já pôs a máquina da roupa a torcer por mim!!