domingo, novembro 26, 2006

Pegada a pegada....

As pegadas são uma coisa engraçada! Elas marcam o peso de cada um num dado momento, num dado local, numa dada altura. E dependendo do sítio onde se pise, ou ficam para sempre, ou em 3 tempos desaparecem levadas pelo vento, pelas ondas do mar ou mesmo pelo tempo. Noutro dia um senhor simpático que encontrei no caminho contou-me que aqueles que fazem filmes e se dizem famosos costumam pôr a sua pegada num cimento de uma rua numa terra lá longe. Se calhar é porque têm medo que essa fama passe a correr e depois já ninguém se lembre das pegadas que fizeram na vida ou que deixaram nas outras pessoas. E estas são as mais importantes!! Não aquelas que amachucam mas as que indicam um caminho. Em vários momentos da vida são precisas dessas pegadas à nossa frente para que nos mostrem o rumo a seguir nas alturas em que fica um tempo assim mais enovado. Estas pegadas que aqui vêem foi o último momento em que o Neco estava a vestir o fato do Gudo e se transformou para seguir o seu caminho. Por vezes também são precisas mudanças de rumo no caminho ou mesmo do tipo de pegadas que se seguem ou fazem. Não há caminhos ideais e como tal não há rastos de pegadas certos a seguir. Há uma misturada delas que no fim vai tornando os zig zags que se vão fazendo mais entusiasmantes e deslumbrantes até. Porque provavelmente se se fôr sempre em frente não se vai ver aquele pôr-do-sol que não se estava à espera, não se vai sentir o cheiro dos pinheiros num desvio sem dar conta, não se vai admirar uma queda de água escondida por trás de um monte um pouco sombrio. Pois é, estas duas pegadas já ninguém as apaga e vão aqui estar para que se lembre que todo o caminho começa com o primeiro passo e se o Neco o deu, saiu agora de um casulo tecido de deslumbros como Gudo, narigudo e barrigudo, preparado para seguir um caminho que... vai descobrir ainda mais deslumbros!!!

quinta-feira, novembro 02, 2006

E sobe-se à montanha e vê-se mais longe!

E por vezes, depois de muito andar e ver as coisas que nos rodeiam, conseguimos subir à montanha, aquela montanha mais alta que uma torre, mais ingreme que a pior montanha russa, mais fria que o Pólo Norte e no fim... aaaahhh! Uma lufada de ar frio que nos entra pelos pulmões adentro e nos faz sentir vivos e arregalar os olhos para olhar mais além. Além longe, onde queremos chegar e onde nos espera um futuro que está guardado na caixinha de segredos que só quem a busca é que sabe onde é que ela está e o que ela tem guardado para nós. E esses segredos voam ao sabor do vento por onde toda a gente anda e que por vezes os sentem a sussurar nos ouvidos mas não os entendem. E o que é preciso para os entender? É preciso deixar que este ar entre pelo balão a dentro e nos faça voar para ver que pelo caminho há bandeiras que nos vão indicando um caminho... este caminho que eu tanto anseio continuar e me faz deslumbrar porque os deslumbros existem mesmo naqueles sítios... hum não vos vou dizer, descubram e deslumbrem-se vocês mesmos! Mas há um deslumbro que vos queria deixar... é bom estar de volta e daqui de cima a vista é Deslumbrante!!! Queres vir ver?