sábado, dezembro 30, 2006

Segue a estrela e deixa-a brilhar em ti!

Olá a todos! Na impossibilidade de desejar pessoalmente venho aqui eu e o Gudo desejar óptimas épocas festivas, no meio desta confusão e frenesim que por vezes anda o mundo. Mas, que apesar disso nos permite parar para pensar um pouco e deslumbrar. Deixo então aqui uma mensagem para olhares para a Estrela, deixares que ela brilhe dentro de ti e segui-la para onde ela te levar, que por estas alturas leva por caminhos muito diversos e de muitos sonhos, projectos e desejos naquele que é o ano que se avizinha.

Que ele venha e aqueça os balões de todos!
Beijinhos, abraços e muitos muitos muitos deslumbros

Aproveito também para cantar os parabéns atrasados ao Gudo que fez 6 meses a 15 de Dezembro passado e na correria do trabalho não lhe pude dar atenção. A ele obrigado pelos 6 meses de Deslumbros e que venham muitos mais :)

quarta-feira, dezembro 27, 2006

A Casa das Portas

Uma porta, uma fechadura, uma casa! É assim que normalmente eu estava habituado a ver as casinhas por onde passava até encontrar esta, a Casa das Portas! Nunca tinha pensado que pudesse existir uma casa com tantas portas como as que vi nesta. Tudo era portas, no telhado, nas paredes, nas esquinas. De todos os tamanhos e formatos, deitadas ou em pé, trancadas ou abertas. Portas bonitas, ou portas já gastas pelo tempo. Umas mais trabalhadas e cheias de detalhes que só com um olho atento se conseguia perceber que falava para quem por lá passava, ou mesmo outras portas que deslumbravam pela sua simplicidade. Algumas tinham um ferrolho tão grande que quase se podia entrar por ele a dentro, outras podiam espreitar-se e ver o que dentro havia. À entrada da casa, quer dizer com tanta porta não havia uma entrada mesmo, mas sim várias, estava uma tabuleta que dizia 'Benvindo à Casa das Portas! Cada porta abre um novo caminho, um novo mundo a descobrir. Decidir qual porta abrir por vezes não é fácil e é preciso pensar bastante até finalmente se pôr a mão na fechadura, e te poderes deslumbrar com o que vai dentro desse novo mundo. Às vezes podes bater com o nariz na porta porque a mesma está trancada ou porque é uma porta falsa e por de trás dela existe um muro. Não é óbvio qual é a porta que se adequa mais a ti, mas o melhor mesmo ficares a deslumbrar com elas por alguns momentos até concluires qual te poderá trazer, aos teus olhos, aqueles deslumbros que te sopram bem dentro do balão.'
Uau! É mesmo isso, na vida é sempre preciso tomar decisões, algumas vezes fáceis outras vezes bem difíceis e complicadas e só nos podemos guiar pelo formato da porta porque o que se encontra do outro lado é o desconhecido, talvez uma sala escura, talvez uma sala que dá directo para um céu que seja um deslumbro olhar para as estrelas, ou uma sala que é um labirinto, ou uma sala com um jardim sob um pôr-do-sol... tantas possibilidades!!! Será que aí há ainda mais portas? Eu até queria entrar por uma destas portas da casa para ver se me deslumbro e como dizia na tabuleta encontro um daqueles deslumbros que sopram bem dentro do balão.
Fiquei então algum tempo a admirar as portas e decidi-me por uma. Calmamente aproximei-me dela, abri e... era uma daquelas falsas que tinha um muro! Mas no muro estava pintado 'Acolher a paz dentro de ti permite-te abrir esta que é uma porta que te fará leve e solto. A paz instala-se quando descobrires a chave de 5 pontas que existe dentro de ti. Cada ponta leva-te a deslumbrar e sentir o mundo. Quando as descobrires volta cá e...logo verás!'
Bom, parece que tenho um desafio que não esperava. Será que consigo encontrar a bendita chave?! Chave com pontas?! O queria dizer o muro?? A seu tempo devo ter as suas respostas...
Então mãos à obra e pés ao caminho...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Uma dança pelo natal

Desta vez foi o Gudo que me levou a passear e desta feita para o mundo do desenho, dos rabiscos, das aguarelas e das texturas. Pegou em mim e atirou-me para dentro de um fato de Elfo (segundo ele) e sem como nem porquê comecei a dançar pelo natal! Aqui ficam alguns desses momentos que aproveito para partilhar convosco sob a forma de 3 estados de espírito: Risonho, Assustado e Enfadonho Sério (clica nas palavras!). Dá para libertar o espírito e o corpo! É só deslumbros... qualquer dia conto como é que se entra no mundo do Gudo e dos desenhos deslumbrados!!!

O Lápis que desenha mapas do tesouro

Vejam só o que é que eu encontrei!Nem consegui acreditar. Um lápis que desenha mapas do tesouro. Dá para acreditar? É que ele é mesmo real!!! Estava eu a seguir caminho quando dei de caras com uma lojinha escondida numa rua estreita de uma cidade perdida entre as montanhas do frio. Era ela, a Loja que se chamava O Mapa. A montra era muito pouco iluminada mas de lá de dentro saía uma luz fosca a apontar para o lápis que desenha mapas do tesouro. À primeira vista não acreditei porque se não se tem tesouro, não se vai ter lugar para o esconder quanto mais desenhar um mapa que aponte onde ele está?! Como fiquei tão intrigado decidi entrar para perguntar ao Senhor da loja o que é que realmente o lápis fazia. Ele um pouco velho e que já precisava de uns grandes óculos para ver sorriu e disse-me:'A resposta a essa pergunta está nas tuas mãos. Aquele lápis tem um deslumbro escondido que só alguns conseguem pôr à vista. Ele não é mais que uma forma de o teu balão expressar aquilo que os olhos não vêem, os ouvidos não ouvem, o nariz não cheira e a boca não saboreia! Deixar que ele se mova perante os teus olhos vai fazer com que os tesouros surjam e o caminho que trilhas fique desenhado para que saibas por onde ir e as armadilhas a evitar. E no fim, o mapa vai ter as tuas mãos, as tuas pegadas, as paisagens que viste, as montanhas que escalaste, os castelos que conquistaste, as florestas que atravessaste e mesmo outros tesouros que ainda nem descobriste mas que estão lá escondidos em cada canto do mapa.' Fiquei tão deslumbrado com o que o senhor contou que decidi comprar um desses lápis. Peguei nele, retribui o sorriso ao senhor da loja e saí a correr para debaixo de uma árvore com o meu bloco para experimentar os deslumbros do lápis. E num ápice ele começou a correr o papel e a desenhar coisas que me eram familiares e que parecia que sempre tinha desejado e não sabia como lá chegar. O lápis tomou conta do meu braço de tal forma que parecia que o lápis era parte da minha mão a escrever no papel. No final olhei para o bloco e não é que tinha mesmo saído um mapa?! Algumas das formas não consegui perceber o sentido mas se calhar é mesmo assim, é ao longo do caminho que vou entender esses porquês. Este mapa fez-me perceber que por vezes só estamos à espera que nos digam para que lado é o caminho e nos definam os tesouros a ir procurar, mas na verdade nós já sabemos qual é o caminho a seguir e o tesouro que buscamos, só nos falta a coragem de o admitir... falta-nos o Mapa do Tesouro! Mas agora já tenho o mapa e sempre que quiser descobrir outros tesouros o lápis vai estar comigo para mais uns rabiscos... aaahhh e que deslumbro de rabiscos!!! Já me esquecia! O lápis tem uma borracha na ponta que deixa redesenhar alguns trilhos quando damos conta que eles são perigosos. Não fiques à espera desenha já o teu mapa do tesouro...

segunda-feira, dezembro 11, 2006

As cordas vibram e fazem estremecer!

A vida é engraçada! Talvez por ter saído há pouco da Quinta contagiante da Amélia e ainda vir a bater o pé decidi ir à procura de algo que pudesse ajudar a levar a minha voz mais longe. E descobri algo que põe as cordas a vibrar por dentro e por fora. A guitarra!! Já tinha ouvido alguém dizer que 'quando uma guitarra trina nas mãos de um bom tocador, a própria guitarra ensina a cantar seja quem for'. E não é que é mesmo verdade? Pus-me a experimentar fazer vibrar as cordas e logo logo por dentro e por fora as cordas vibraram as da guitarra e as da minha voz. É deslumbrante sentir a cumplicidade entre elas como se uma só se tratasse. Todas essas cordas precisam umas das outras para produzir uma melodia, aquela melodia que quando sai da alma nos entra a correr pela espinha acima, sobe até à nuca e nos sussura ao ouvido 'já fazia falta sentir-te'. E no meio deste deslumbro que estremecia tudo por dentro e por fora, mais cordas se juntaram e foi uma festa que só visto. A verdade é que só fez sentido porque cada corda era precisa para que a música fluísse, e cada nota fosse elevada cada vez mais alto a cada compasso marcado. Será que as notas e as melodias sobem lá perto das estrelas? Eu acho que sim, senão penso que elas não aguentavam tanto tempo a brilhar. E algumas brilham tanto! Gostava de descobrir a melodia que a essas faz soltar um sonho, soltar a voz e soltar a vontade de cantar!!! É que assim podiamos andar por aí a distribuir essa melodia para que todas as estrelas brilhassem mais. Era boa ideia não?

(este é um post em jeito de agradecimento pelo convite e pelos momentos vividos este fim-de-semana, o meu Obrigado <-- clica, continuem a aproveitar e como alguém diria 'As coisas vulgares que há na vida não deixam saudade, só as lembranças que doem ou fazem sorrir e há gente que fica na história da história da gente')

sábado, dezembro 02, 2006

A Quinta da Amélia

Desci eu a encosta da montanha e dei de caras com uma quinta. A Quinta BB7! Bela e Bonita 7 dias por semana!!! Percebi logo à primeira vista que era um sítio especial e diferente do resto que já tinha visitado. Decidi entrar para sentir a alegria que saía de lá de dentro e num instante fiquei contagiado. Tudo parecia ter uma melodia, tudo parecia ter um poema daqueles que nos tocam mesmo que sussurados, tudo parecia inspirar qualquer alma. E no meio desta mistura de sensações dei de caras com a Amélia, a ovelha cantora. Ela estava ali sorridente a olhar para mim e com as goelas abertas prontas a soltar notas que pareciam soprar directo ao balão para nos fazer subir. Eu um pouco envergonhado por ter entrado na quinta sem ter pedido permissão decidi dizer um Olá muito engasgado. E ela nem uma seminima de pausa deu e começou a cantar:
'Olá lá lá lá, como estás tás tás tás?
Eu sou a Améli li li li aaaa!
Benvindo à quinta Bela e Bonita 7 dias por semana na na na.
Passo os meus dias a cantar e nos meus instrumentos a tocar ar ar ar para que quem trabalha fique alegre gre gre gre. Do semeador ao apicultor tor tor tor, da enchada ao tractor, do pinheiro ao ribeiro ro ro ro. Nos meus sinos o concerto é ao meio dia ia ia ia e nas minhas cordas ao fim do dia ia ia. Se te quiseres a mim juntar ar ar ar trás a tua voz e vem comigo cantarolar ar ar ar. Para cima e para baixo, para um lado e para o outro, de meio em meio tom tom tom vamos fazer do som o perfume das flores raiar de cores, das melodias do sorrir fazer o campo florir ir ir ir. Há até quem diga, quem canta anta anta anta seus males espanta anta anta anta! Eu te digo que isso não só é verdade ade ade ade como também os males dos outros afugenta enta enta enta! Por isso, toca a saltar e pôr essas cordas vibrar. Lá lá lá lá lá....'
Fiquei deslumbrado com tamanha energia. A energia da música, de uma música que entra dentro de nós e toma conta dos nossos membros e que em 3 tempos nos põe ritmados da cabeça aos pés. Enquanto os meus pés não paravam de bater lá consegui responder:
'Eu sou o Gudo, barrigudo e narigudo. Estava a descer a encosta e alguma coisa me atraiu para esta quinta. Ela é mesmo bela e bonita 7 dias por semana, desde os tons das cores aos das músicas que daqui saem. Obrigado pelo convite! Já me conseguiste contagiar com as melodias e não consigo parar de bater o pé. Talvez seja isso mesmo que no fim os males espanta. Eu quero, posso e mando no que os meus olhos vêem, se deslumbram e sonham e bato o pé para lançar a voz mais longe e que todos sintam a energia destes meios tons que da voz saem.'
A Amélia ouviu isto sorriu e foi aos saltos para as suas cordas e começou o concerto do fim do dia. E que deslumbro foi esse concerto. Parecia que as notas desenhavam o pôr-do-sol e falavam as cores todas que se viam no ar. Era mesmo isto que estava a precisar!! Olha que deve ser mesmo uma alegria trabalhar nesta quinta e tudo deve crescer harmonia quer faça chuva, quer faça sol, quer seja noite, quer seja dia.
Entretanto, com tanta alegria e deslumbro nem dei pela noite cair. Achei que devia levar comigo este encanto para outros lugares. Então despedi-me da Ovelha Amélia que me deu mais um concerto desta feita nos sinos mas tão suavemente que ecoaram pelo caminho que eu iria seguir e que durante horas me acompanharam. Um dia quero voltar à Quinta Bela e Bonita 7 dias por semana para dar eu um concerto com a Ovelha Amélia e cantar melodias bonitas. Bom era que em todas as quintas houvesse uma Amélia para cantar e deslumbrar os espíritos, e espantar os males que pairam muitas vezes sobre eles. E esta energia deve ser mesmo boa, os meus pés ainda não pararam de bater! Acho que já afugentei todos os males e mais alguns, agora é só continuar a cantar e deslumbrar, como disse a Amélia.