O Pinguim Martin

Eeehhhh! Pum ptxi pum ptxi pum pum pum!!!
E foi assim que me apareceu o Pinguim Martin, o pinguim que bate palminhas para mim! Andava eu pelo mundo a ver o que acontece e o que deixa de acontecer por entre as sombras e as luzes dos dias, quando começo a ouvir o som que parecia ser uma festa ou uma claque daquelas bem alegres. Vou-me aproximando e noto que é um só que faz o arraial todo. Ele vinha em direcção a mim com a alegria toda, era o Pinguim Martin. Gostei do seu cantarolar e da alegria que transpirava por todos os lados! Da barriga fazia pandeireta, dos pés uns batuques, das mãos umas castanholas e do bico uma canção estimulante que só apetecia saltar, rodar de braços abertos, sorrir e correr para onde se quer chegar como se toda a energia estivesse concentrada em nós. Ao chegar junto de mim perguntou "Ei guapito, qual é o teu nomezito?" ao que eu muito timidamente, mas com um sorriso nos olhos, respondi "Gudo!". Mal digo o meu nome ele começa a cantoria e a folia "Vai Gudo, vai Gudo! Basta acreditares que consegues tudo! Se te faltarem as forças chama por mim o Pinguim Martin que bate palmas assim, e vais ver que chegas ao fim para os dois fazermos um festim! E sem dares conta já te estás a juntar a mim a cantarolar e a saltar no capim!"
E não é que foi mesmo?! Estava ele neste frenezim e dei eu por mim a juntar-me à festa a saltar e a assobiar numa alegria que contagiava. Ele dançava tanto que aprendi uma série de passos de dança divertidíssimos que mais pareciam rituais que faziam nascer uma força enorme dentro de nós. Passámos ali o dia todo até o sol se pôr sempre sem parar, num ritmo que nunca abrandava. Quando já estava a ficar escuro o Pinguim Martin despediu-se e disse que tinha que ir bater palminhas para outras bandas para ver se contagiava mais gente.
Por incrível que pareça, depois de tanta alegria e cantoria, não fiquei minimamente cansado. Soube tão bem! Se calhar quando estamos tão empolgados, com tanta força e genica não nos lembramos do cansaço que às vezes o nosso balão diz que sente que na verdade só precisa mesmo é de tirar o nevoeiro da frente e fazer o sol brilhar para iluminar o nosso caminho e o palco onde podemos ser as estrelas...e no fim deslumbrarmo-nos!

Este post é em agradecimento a todos os Pinguins Martin que se têm cruzado por mim nesta altura que bem tenho precisado dessa força, em que parece que já se vê uma luz ao fundo do túnel (laranja, claro :D). Peço desculpa mas o cansaço não deu para fazer algo melhor. Mais uma vez OBRIGADO!!!!