quinta-feira, agosto 16, 2007

Nota do Autor | E que tal se mudássemos o mundo?

Este é o segundo post de hoje! Já tenho andado a matutar há algum tempo nele. Não sei até que ponto é que o mundo tem feito alguma coisa para se mudar, ou mesmo eu próprio o tenho feito. Por isso, desta vez vou usar o deslumbro como plataforma de debate social e proponho algo de diferente já que gostava muito de ouvir a vossa opinião acerca da ideia que vos vou apresentar. Caso veja que até nem é descabida de todo (porque de política eu não percebo muito e então de política externa... bem, digamos que perdia sempre no Civilization :D) pode ser que me mexa para algo mais oficial. Bom, a ideia surgiu quando na semana passada começaram a surgir notícias acerca do Circulo Polar Árctico, onde vários países querem reclamar área do mesmo para fazer prospecção de Petróleo e Gás Natural, onde prevêem que cerca de 25% destes recursos ainda não explorados se encontram lá. Posto isto, e no estado em que o mundo anda que basta falar em Petróleo zangam-se logo todos e começam a fazer movimentações militares e essas coisas que me transcendem um pouco, eu pensei para mim: ora se se eles estão a reclamar é porque não pertence propriamente a nenhum país em concreto. Então, se eles querem explorar a área para esses fins que o façam mas com contrapartidas para o mundo, isto é, eles ao explorar ficam com parte dos lucros (eu diria uns 30%) e o restante seria para um fundo mundial para os países mais desfavorecidos (o qual já deve existir na ONU ou alguma organização do género). O volume de dinheiro gerado por este tipo de exploração não deveria ser tão negligenciável quanto isso. Com isso, talvez se pensasse também em investir algum em investigação para um estilo de vida sustentável, porque como já disse há uns dias, o mundo anda a um ritmo desenfreado que parece que anda a fugir de um bicho papão que não se vê, quando no fundo o bicho papão é o próprio ritmo que está a consumir recursos a uma velocidade que não os repõe equilibradamente. Isto tudo, porque por vezes assusto-me com a herança que eu, e nós população em geral, estamos a deixar aos nossos filhos (não os tenho, mas até gostava de os ter e deixar-lhes um mundo, como alguém muito sábio disse, melhor do que o encontrei). Já vimos que tratados como o do Rio ou o de Kyoto não funcionaram. Por isso, se existe algum momento de actuar, esse momento acredito que seja agora.
No fundo a ideia, que pode ser utópica, resume-se a fazer força para que parte do dinheiro gerado em explorações petrolíferas, de gás natural, etc. em zonas que teoricamente não pertencem a nenhum governo em concreto, sejam direccionadas para países desfavorecidos e para políticas e investigação para uma vida TOTALMENTE sustentável. O problema que normalmente se levanta é que quando se discutem estas questões há um 'vírus' chamado hipocrisia que infecta a sala onde essas coisas são debatidas. Só me questiono até quando é que isso será?
Talvez daqui a uns 100 anos o mundo acorde, veja que somos todos iguais, que não vale a pena estar cada um a puxar para seu lado... eu nunca vi um barco, onde todos os homens remam para direcções diferentes, ir muito longe, tu já?

Tudo isto, pode ter sido uma cãimbra cerebral, mas se até achas que isto pode ajudar alguma coisa, passa palavra e depois vê-se se é o mundo que está contra nós ou nós contra o mundo. E pensar-se-à no passo a dar a seguir.
Obrigado pela vossa atenção!



Deixo-vos uma música para acompanhar se quiserem pensar um pouco no que escrevi acima. Não é a melhor versão mas foi o que consegui encontrar. E que tal se mudássemos o mundo? 'Walk way now and you're gonna start a war...'

1 Suspiros:

Blogger skywalker suspirou...

Olá Miguel ;)
Interessante o teu post. Enquanto o li só me vinha à cabeça o filme "O Santo" e a doação ao mundo da descoberta da fusão a frio.
Não sei como pensas, mas desde que sou mãe, no meio do meu optimismo em relação à boa vontade do mundo, o medo e o receio atinge-me em cheio.
Falaste em 100 anos... já pensaste que poderá ser tarde de mais?
Em vez das doações aos países mais pobres (que tenho sérias dúvidas se para lá iriam) proponho uma solução muito mais simples, mas que tendo em conta os interesses multi-milionários em jogo duvido muito que alguma vez chegue a existir. Produção em massa de carros hibridos (tipo revolução Ford no início do século XX) com incentivos dos governos de todos os países para optar pela compra deste tipo de veículos ou ainda melhor... aumento de produção de laranjas (ouvi algures que a laranja para além de ecológica pode proporcionar resultados fabulosos como combustível alternativo).

Preocupa-me o petróleo por causa das guerras,
Preocupam-me os virus e as doenças por motivos de guerras na indústria farmacêutica,
Preocupa-me o sobreaquecimento... a poluição... e por muito que me pareça que as pessoas finalmente começam a mudar, não vejo os grandes responsáveis pelas guerras petrolíferas, farmacêuticas e tantas outras a fazerem alguma coisa para mudar. Eles sim! Fariam toda a diferença...

Amar o mundo é o que eu quero e espero que os nossos filhos e netos também o possam fazer... mas para isso é preciso mudá-lo...

Tudo é ciclico... Catástrofes, guerras, fome, abundância, bem estar... espero que um novo ciclo esteja a começar... Pelo menos ja começa a existir uma maior consciência...

Um amigo meu (CdaPluma) diz que um dia irá mudar o mundo, uma pessoa de cada vez.

Todos os dias penso nisso e quero junto com ele e com tantos outros como nós, o consigamos fazer.

Beijos

agosto 17, 2007 12:01 da manhã  

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