terça-feira, janeiro 01, 2008

Para que lado vai a bola?

(a Benazir Bhutto e outros tantos que tentam ajudar a livrar os males deste mundo...)

Aaah! Lá está ele!! Quem diria que isto seria possível neste mundo por vezes de vendavais e muitas ondulações? Não estava nada à espera, até porque foi por acaso que vim parar a este sítio. Mas foi um daqueles deslumbros que valeu bem a pena!
Então, estava eu a cruzar os caminhos quando vejo duas multidões exaltadas a discutir bem alto. Tinham-se chateado porque não chegavam a acordo em que lado da vila é que íam construir o novo jardim. Estava uma verdadeira confusão como nunca tinha visto. E, antes que partissem para algo mais violento um senhor toma a palavra: "Senhoras e Senhores, está visto! Vamos ter que resolver o problema à velha maneira do braço de ferro! Vamos convocar o concílio da bola!!!!". Fez-se um silêncio muito profundo quando o senhor acabou de falar e os ânimos acalmaram. De seguida vi toda a gente a andar em direcção ao campo de futebol da vila e rapidamente fizeram equipas para cada lado das opiniões acerca do jardim. Estava em pulgas para ver no que aquilo ía dar, porque esta era a forma mais peculiar de resolver uma discussão a que eu já alguma vez tinha assistido. Assim que começa o jogo, um emocionante jogo por sinal, as claques começam a puxar pelas suas equipas mas com uma força, com uma garra, uma energia, como se toda a luz do sol lhes estivesse a entrar pelas mãos, pelos pés, pelos cabelos adentro e os iluminasse para defender a sua ideia. O jogo foi-se desenrolando e as pessoas cada vez mais vibravam. Quase no fim, a equipa da baixa da vila marca golo e aí há uma explosão de alegria na sua claque. Passado pouco tempo o jogo acabou e ao contrário do que eu estava à espera todos se abraçaram e ficaram contentes com a decisão, ou por assim dizer o resultado do jogo. Imaginem que a vila até fez uma festa com todos os seus habitantes por se ter decidido onde é que seria o novo Jardim, pelos vistos na baixa da vila. Todos cantaram, beberam, dançaram, comeram e celebraram... tudo pelo jardim.
Pelos vistos era assim, há gerações, que se resolviam as discussões nesta vila. É deslumbrante ver que há pessoas que conseguem ver muito mais além do que as suas próprias ideias e atingir algo maior e mais alto, a paz. E é nessa paz que eles crescem em comunidade e com uma alegria que não tinha visto em muitos sítios. E que tal se fosse assim em todas a vilas?

A forma como se coloca uma ideia em prática é tão ou mais importante como o acto da imaginação. Aqui reside a diferença entre decidir entrar em mar alto num barco com apenas um remo ou num barco com vários remadores a puxar todos para o mesmo lado.

Por um Dia, um Mês, um Ano Mundial da Paz, ou de Paz Mundial!